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DICA – Transforme plugues redondos para o padrão NBR


Figura 1 - Plugue padrão CEE 7/17, de pinos grossos, antes e depois da modificação.

Figura 1 – Plugue padrão CEE 7/17, de pinos grossos, antes e depois da modificação.

Que tal converter o plugue padrão CEE 7/17 em plugue NBR de 20A? Ou o plugue CEE 7/16 em NBR 10A? É muito fácil. Leia neste artigo como fazer isso e conheça melhor os padrões IEC. Esta dica vale para os aparelhos com o plugue de dois pinos, de plástico macio moldado no cabo (sem parafusos de remoção) e sem conexão de aterramento, como o da figura acima, à esquerda.

Há uma série de equipamentos que trabalham na temperatura ambiente e não necessitam de aterramento, pois são isolados (isolação Classe II ou dupla isolação). É o caso dos televisores, furadeiras e outras ferramentas elétricas, aspiradores, liquidificadores, ventiladores, fogões de indução, etc..

Eles são vendidos com plugues de dois pinos. Caso o aparelho tenha sido comprado no Uruguai, Europa ou Ásia, é muito provável que ele venha com um plugue padrão CEE 7/16 ou CEE 7/17. Ambos tem os pinos com as dimensões dos plugues brasileiros, mas o formato do plugue pode torná-los incompatíveis com as novas tomadas NBR. Os códigos dos plugues são oriundos da IEC.

A IEC (International Electrotechnical Commission – Comissão Eletrotécnica Internacional), que tem como objetivo padronizar mundialmente os plugues e tomadas, criou o Sistema de Testes de Conformidade e Certificação de Equipamentos e Componentes Eletrotécnicos, mais conhecido como CEE (Certification of Electrotechnical Equipment). Historicamente, as tentativas de normatização vem desde 1929, com a iniciativa do instituto alemão VDE (Verband der Elektrotechnik, Elektronik und Informationstechnik).

Figura 2 – Plugue CEE 7/16 I (Europlug), de formato hexagonal, totalmente compatível com as tomadas brasileiras, mesmo as antigas.

Figura 2 – Plugue CEE 7/16 I (Europlug), de formato hexagonal, totalmente compatível com as tomadas brasileiras, mesmo as antigas.

Figura 3 – Plugue CEE 7/16 II, com proteção para evitar choques. Note que não há o trecho isolante nos pinos. É um velho plugue, compatível só com as antigas tomadas brasileiras (tipo C), sem o poço de 1cm, oriundo da norma NBR 14136. É compatível também com as tomadas E e F, que têm um poço redondo.

Figura 3 – Plugue CEE 7/16 II, com proteção para evitar choques. Note que não há o trecho isolante nos pinos. É um velho plugue, compatível só com as antigas tomadas brasileiras (tipo C), sem o poço de 1cm, oriundo da norma NBR 14136. É compatível também com as tomadas E e F, que têm um poço redondo.

Figura 4 – Acima, plugues CEE 7/7 e CEE 7/17; abaixo, tomadas CEE 7/3 (tipo F, alemão, conhecido como Schucko) e CEE 7/5 (tipo E, francês). Fonte: Digital Museum of Plugs and Sockets [1].

Figura 4 – Acima, plugues CEE 7/7 e CEE 7/17; abaixo, tomadas CEE 7/3 (tipo F, alemão, conhecido como Schucko) e CEE 7/5 (tipo E, francês). Fonte: Digital Museum of Plugs and Sockets [1].

O plugue padrão CEE 7/16 tem dois suptipos. A alternativa I é o famoso Europlug, cujo formato hexagonal é bem conhecido dos brasileiros (figura 2). Apesar dos pinos de 4mm aguentarem até 10A (quando maciços), o Europlug só vai até 2,5A. Ele encaixa nas tomadas tipo C, E, F e é totalmente compatível com o padrão NBR 14136 (tomadas tipo N).

A alternativa II do padrão CEE 7/16 é um plugue bem parecido, que tem um anteparo de formato circular (figura 3). Esta espécie de chapéu serve para dificultar os choques elétricos – já que os pinos não tem o trecho isolante -, mas impede a compatibilidade com o padrão NBR de plugues e tomadas.

Os furos existentes nas abas possibilitam o encaixe nas tomadas francesas, que tem um pino terra saliente (CEE 7/5 ou tipo E) e nas tomadas alemãs (CEE 7/3 ou tipo F), que tem 2 linguetas de aterramento simétricas, nas paredes da tomada (figura 4). A tomada F (mais conhecida como Schucko) é o padrão de alta corrente na maior parte do mundo (Europa, Ásia e até no vizinho Uruguai).

Os equipamentos que consomem acima de 500W (mais de 2,5A, em média) trazem o plugue padrão CEE 7/17, que aguenta corrente máxima de 16A (em 250VCA) e tem pinos de 4,8mm de diâmetro. Este plugue sempre vem com o anteparo isolante redondo (figura 4, no canto superior direito – é o mesmo da figura 1) e só é compatível com as tomadas E e F.

Os plugues CEE 7/16 e 7/17, quando moldados no cabo de alimentação, são de plástico e podem ser cortados no formato hexagonal, para compatibilizar com o padrão NBR. Já fiz várias vezes esta alteração e nunca tive problemas, pois a fiação fica longe das áreas externas do plugue. Também não foi percebida maior fragilidade mecânica.

O que deve ficar claro é que a mudança destina-se a aproveitar os plugues que vieram com os aparelhos, para usá-los nas tomadas padrão NBR, especialmente aqueles de pinos mais grossos, muito comuns no exterior atualmente.

Por exemplo, um lençol térmico sul-coreano (figuras 5 e 6), de apenas 130W, vem com plugue hexagonal, com pinos de 4,8mm! Ele não precisa do chapéu do plugue CEE 7/17, porque os pinos tem o trecho isolante, portanto é totalmente compatível com nossas tomadas de 20A.

Figura 5 – Lençol térmico sul-coreano, comprado em 2012 naquele país, com plugue compatível com as tomadas brasileiras de 20A.

Figura 5 – Lençol térmico sul-coreano, comprado em 2012 naquele país, com plugue compatível com as tomadas brasileiras de 20A.

Figura 6 – Plugue do lençol térmico coreano, onde o paquímetro mede o pino de 4,8mm.

Figura 6 – Plugue do lençol térmico coreano, onde o paquímetro mede o pino de 4,8mm.

Ilustro a seguir três modificações de plugues, duas delas em equipamentos novos, comprados em 2016/17 no Uruguai: um fogão de indução de origem chinesa (marca Majestic), com potência de 2000W e um multiprocessador Philips, com 650 W (figuras 7 a 31). Estes vieram com plugues CEE 7/17.

A terceira modificação foi no plugue de um aspirador Electrolux da década de 1980, ou anterior. Este plugue é de 10A (CEE 7/16 II, com pinos de 4mm) e era encontrado facilmente em equipamentos oriundos de fabricantes europeus, pois era compatível com o padrão brasileiro da época (2 pinos redondos, tomada tipo C). Neste caso, o formato hexagonal do plugue (figuras 32 a 39) e a moldagem num só tipo de plástico facilitou o corte.

ATENÇÃO: o uso de ferramenta de corte deve ser feito com extrema cautela, pois a força exercida é exagerada e poderá causar sérios ferimentos. O plugue deve SEMPRE estar apoiado numa superfície firme, de madeira, que possa sofrer estragos. E o fio de corte da ferramenta deve SEMPRE apontar sua face cortante para longe do corpo do operador.

A remoção da aba é feita com estilete, canivete ou faca, bem afiado. Observe que a aba pode ter uma alma de plástico rígido, mais difícil de cortar, como é possível perceber nas figuras abaixo. Por isso, por vezes será melhor usar uma serrinha para metais. Após o corte é só fazer o acabamento, eliminando as imperfeições e rebarbas com um esmeril ou lixa.

Figura 7 – Fogão de indução Majestic, de 2000W, com plugue CEE 7/17, de pinos grossos.

Figura 7 – Fogão de indução Majestic, de 2000W, com plugue CEE 7/17, de pinos grossos.

Figura 8 – Vista superior do plugue CEE 7/17 do fogão, antes da modificação.

Figura 8 – Vista superior do plugue CEE 7/17 do fogão, antes da modificação.

Figura 9 – Frente do plugue CEE 7/17 do fogão, indicando os limites de tensão e corrente (16A/250VCA).

Figura 9 – Frente do plugue CEE 7/17 do fogão, indicando os limites de tensão e corrente (16A/250VCA).

Figura 10 – Vista traseira do plugue CEE 7/17 do fogão de indução.

Figura 10 – Vista traseira do plugue CEE 7/17 do fogão de indução.

Figura 11 – Corte da aba I.

Figura 11 – Corte da aba I.

Figura 12 – Corte da aba II.

Figura 12 – Corte da aba II.

Figura 13 – Demonstração do corte do anteparo plástico. Note que as mãos estão afastadas da lâmina do estilete, que está sendo forçado para baixo, em direção à tábua. Neste caso, aplicando mais força foi possível cortar com o estilete o plástico rígido interno.

Figura 13 – Demonstração do corte do anteparo plástico. Note que as mãos estão afastadas da lâmina do estilete, que está sendo forçado para baixo, em direção à tábua. Neste caso, aplicando mais força foi possível cortar com o estilete o plástico rígido interno.

Figura 14 – Anteparo cortado, pronto para o acabamento hexagonal.

Figura 14 – Anteparo cortado, pronto para o acabamento hexagonal.

Figura 15 – Compare esta imagem com a figura 9.

Figura 15 – Compare esta imagem com a figura 9.

Figura 16 – Plugue pronto.

Figura 16 – Plugue pronto.

Figura 17 - Teste de inserção em módulo de tomada NBR de 20A.

Figura 17 – Teste de inserção em módulo de tomada NBR de 20A.

Figura 18 - Inserindo...

Figura 18 – Inserindo…

Figura 19 - Feito!

Figura 19 – Feito!

Figura 20 - Multiprocessador Philips, com plugue CEE 7/17.

Figura 20 – Multiprocessador Philips, com plugue CEE 7/17.

Figura 21 – Vista traseira do plugue CEE 7/17 do multiprocessador.

Figura 21 – Vista traseira do plugue CEE 7/17 do multiprocessador.

Figura 22 – Plugue do multiprocessador encaixado em tomada Schucko uruguaia. Observe as linguetas do terra, à mostra.

Figura 22 – Plugue do multiprocessador encaixado em tomada Schucko uruguaia. Observe as linguetas do terra, à mostra.

Figura 23 – Vista lateral do plugue CEE 7/17 do multiprocessador.

Figura 24 – A seta mostra o plástico rígido que forma o esqueleto interno do plugue CEE 7/17. Não foi possível cortá-lo, era muito duro para o estilete, poderia quebrar a lâmina. Daí...

Figura 24 – A seta mostra o plástico rígido que forma o esqueleto interno do plugue CEE 7/17. Não foi possível cortá-lo, era muito duro para o estilete, poderia quebrar a lâmina. Daí…

Figura 25 – ... a solução foi serrar manualmente o plugue, apesar de não ficar lá muito alinhado o corte, pois a serra desviou...

Figura 25 – … a solução foi serrar manualmente o plugue, apesar de não ficar lá muito alinhado o corte, pois a serra desviou…

Figura 26 – Plugue CEE 7/17 do multiprocessador, pronto para o acabamento.

Figura 26 – Plugue CEE 7/17 do multiprocessador, pronto para o acabamento.

Figura 27 – Vista frontal do plugue CEE 7/17 do multiprocessador, quase sem rebarbas. Há um certo desalinhamento...

Figura 27 – Vista frontal do plugue CEE 7/17 do multiprocessador, quase sem rebarbas. Há um certo desalinhamento…

Figura 28 – Vista lateral do plugue CEE 7/17 o multiprocessador, finalizado.

Figura 28 – Vista lateral do plugue CEE 7/17 o multiprocessador, finalizado.

Figura 29 – Vamos ao teste de inserção!

Figura 29 – Vamos ao teste de inserção!

Figura 30 - Até aqui, tudo bem. O plugue foi inserido até o ponto em que ainda não faz contato elétrico. É possível notar que não há espaço para alguém colocar o dedo nos pinos.

Figura 30 – Até aqui, tudo bem. O plugue foi inserido até o ponto em que ainda não faz contato elétrico. É possível notar que não há espaço para alguém colocar o dedo nos pinos.

Figura 31 – Feito!

Figura 31 – Feito!

Figura 32 – Aspirador Electrolux de 750W, da década de 1970 ou 1980. Cuide o formado do plugue sobre o aparelho.

Figura 32 – Aspirador Electrolux de 750W, da década de 1970 ou 1980. Cuide o formado do plugue sobre o aparelho.

Figura 33 – Vista superior do plugue CEE 7/16 do aspirador Electrolux.

Figura 33 – Vista superior do plugue CEE 7/16 do aspirador Electrolux.

Figura 34 - Vista traseira do plugue CEE 7/16 do aspirador.

Figura 34 – Vista traseira do plugue CEE 7/16 do aspirador.

Figura 35 – Vista frontal do plugue CEE 7/16. Na época, os selos de certificação não eram comuns...

Figura 35 – Vista frontal do plugue CEE 7/16. Na época, os selos de certificação não eram comuns…

Figura 36 – Plugue CEE 7/16 junto dos pedaços removidos.

Figura 36 – Plugue CEE 7/16 junto dos pedaços removidos.

Figura 37 – Vista frontal do plugue CEE 7/16 do aspirador, após o corte das abas.

Figura 37 – Vista frontal do plugue CEE 7/16 do aspirador, após o corte das abas.

Figura 38 – Vista lateral do plugue CEE 7/16 do aspirador, após o corte das abas.

Figura 38 – Vista lateral do plugue CEE 7/16 do aspirador, após o corte das abas.

Figura 39 – Vista superior do plugue CEE 7/16 do aspirador, após o corte das abas.

Figura 39 – Vista superior do plugue CEE 7/16 do aspirador, após o corte das abas.

OBSERVAÇÃO: Caso você esteja inseguro(a) ou seja impossível fazer a modificação, peço que troque o plugue. Evite o uso de adaptador, pois ele poderá causar incêndio, se o consumo do aparelho for alto. Tratei deste assunto em um artigo anterior (acesse AQUI).

Recomendo a troca do plugue em vez de usar adaptador, primeiro porque os aparelhos comprados no exterior não têm nenhuma espécie de garantia pós-venda. E depois, porque adaptadores decentes, como este da figura 40, ainda não vi por estas bandas.

Figura 40 – Adaptador de plugue Schucko para o padrão do Reino unido. Fonte: Power Connections [2].

Figura 40 – Adaptador de plugue Schucko para o padrão do Reino unido. Fonte: Power Connections [2].

Para quem desejar aprofundar-se no assunto dos plugues e tomadas, uma excelente fonte de consulta é o Museu Digital dos Plugues e Tomadas (Digital Museum of Plugs and Sockets), mantido pelo holandês Oof Oud. O museu mostra com muitas ilustrações a evolução das conexões elétricas domésticas, inclusive tem uma página sobre a norma internacional IEC 60906-1 [3], que foi seguida em parte pela NBR 14136 (que implantou o atual padrão de plugues e tomadas brasileiros). Há também uma página sobre o padrão brasileiro. Uma visão geral do site está na referência [4]. Na Wikipedia [5] tem uma lista dos plugues e tomadas utilizados no mundo, vale a pena conhecer. E quem quiser conhecer melhor o padrão NBR14136, visite este meu post (AQUI).

Referências

[1] Digital Museum of Plugs and Sockets – CEE 7/7 and CEE 7/17 standard Hybrid French – Schucko plugs – http://www.plugsocketmuseum.nl/EFhybrid.html

[2] Power Connections – Non-earth Schucko to UK converter plug (SCP)http://www.powerconnections.co.uk/convert_eurotouk_scp.htm

[3] Digital Museum of Plugs and Sockets – IEC 60906-1 – Standard household plug – http://www.plugsocketmuseum.nl/IEC60906-1.html

[4] Digital Museum of Plugs and Sockets – Overview http://www.plugsocketmuseum.nl/Overview.html

[5] Wikipédia – Eletricidade doméstica por país – https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletricidade_dom%C3%A9stica_por_pa%C3%ADs

\ep/

  1. 5 de janeiro de 2018 às 11:42

    Olá! Eu tinha o link para um excelente artigo seu que comentava todos os detalhes sobre a escolha do nosso padrão de tomadas. Cheguei a escrever um post no Linkedin apontando para ele, de tão bom que considero. Aparentemente alguma coisa mudou… Procurei aqui, mas não encontrei novamente. Agradeço muito se for possível compartilhá-lo novamente (caso ainda exista, claro).

    • 5 de janeiro de 2018 às 18:17

      Olá, Cláudio, a única mudança feita há alguns anos foi a troca do dicasdozebio.wordpress.com por dicasdozebio.com, mas que eu saiba, eles continuam redirecionando normalmente. Os links dos artigos eu mantenho todos num índice geral, atualizado anualmente, cuide a coluna lateral direita. Neste artigo sobre a adaptação dos plugues redondos eu também coloquei o link do post desejado, olhe no final do texto.

      Você deve estar referindo-se a este link:
      https://dicasdozebio.com/2012/09/19/porque-e-bom-o-novo-padrao-nbr-de-plugues-e-tomadas/

  2. MAURI
    17 de agosto de 2017 às 14:55

    Muito bom. Obrigado.

  3. ismarrussano
    17 de agosto de 2017 às 09:19

    Muito bom !!! Eu sempre troco os plugs para o novo padrão e incentivo, aos poucos as pessoas irem trocando as tomadas de parede para o novo padrão, respeitando já as potencias, no caso os secadores de cabelo que vêm com plugs de 20A.

    • 18 de agosto de 2017 às 00:02

      É isso aí, Ismar, o novo padrão é muito mais seguro, pois evita os choques elétricos que eram frequentes com os padrões antigos. E se respeitarem os requisitos de corrente, certamente serão evitados muitos incêndios.

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