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CORONAVÍRUS – Não se desespere

6 de abril de 2020 8 comentários

Assim como a alegria, a tristeza também um dia irá passar.

Este vírus nos trancou em casa. A verdade cruel é que parecemos palitos de fósforo: duramos muito pouco e qualquer vento pode nos apagar.

Tire vantagem do isolamento: agora há tempo, faça as coisas sem atropelos, durma mais, mas não exagere, pois as manhãs são sempre agradáveis e bonitas.

Imite os povos orientais, sejam árabes, indianos, chineses, japoneses, coreanos, filipinos, indonésios e outros, que fazem isso há séculos: não entre em casa com os calçados da rua, tenha um par de chinelos ou pantufas à porta, para cada morador. Lave as mãos frequentemente, com água e sabonete.

Converse, ouça melhor aqueles que estão ao seu lado e que todos os dias lhe aturam. Seja mais atencioso e amoroso para com os outros, imagine como está a vida daqueles que moram em uma peça 3×4. Se tiver algum poder, utilize-o para beneficiar os outros.

Coma devagar, saboreie cada garfada. Prepare sua comida com mais carinho e atenção, descubra o valor do orégano e do sal junto do tomate, do alho picado em meio ao queijo aquecido, ou da cebola crua no recheio do pastel. Faça pães, como faziam antigamente, só com 4 ingredientes. Controle sua gula.

Leia aquele livro ou revista que está rolando pela casa, há tempos. Leia outros posts do Dicas do Zébio! Aprenda algo novo ou pratique um instrumento musical. Assista ao que você realmente gosta, não aceite a ansiedade, a indolência e o envenenamento mental, vindos da TV e dos noticiários alarmantes. Ouça músicas sem vídeo, para percebê-las por inteiro.

Sinta o fresco perfume da noite, olhe para o céu, você perceberá que ele não é mais cortado a todo instante por aquelas chatas luzinhas piscantes dos aviões. Com sorte, verá uma lua maravilhosa, ou alguma estrela cadente. Aí, pense num desejo.

Pare de tomar remédio por conta própria, por qualquer dorzinha. Além de não resolver o problema e somente aliviar os sintomas, seu corpo estará de guarda abaixada quando o vírus chegar. Faça algum exercício, nem que seja só arrumar ou limpar a casa.

Ao beber, frua com gosto, como se fosse seu último gole. Afinal, para alguns, poderá ser mesmo.

Pense nos mais idosos, que estão na corda bamba. Pode ser que logo mais, você não consiga nem ir ao enterro deles. Telefone, bata um papo. Lembre-se de alguma piada.

Plante alguma coisa, seja árvore frutífera, tempero ou hortaliça. Meta as mãos na terra, nem que seja na de um vaso. Aproveite para desenrolar as raízes e diminuir o seu tamanho, e replante. Para tudo poder recomeçar.

Sente-se confortavelmente num lugar silencioso, na penumbra e tente ficar quieto, sem pensar. É difícil parar a cabeça, esforce-se, concentre-se em uma só coisa. Pense em um mundo de paz, saúde e alegria. Quando você perceber, os minutos terão se transformado em horas, e você sentirá uma profunda tranquilidade interior.

Faça como os antigos egípcios: todos os dias, abra a boca para o sol, deixe ele ver suas entranhas e lhe curar. Mosca só entra em boca podre.

Afinal de contas, a vida é para ser digerida, já dizia Arroz, um poema coreano.

INFORMAÇÕES

Se você quer informações corretas sobre o coronavirus, acesse o portal da Fiocruz, que tem muito material, inclusive orientações (imprimíveis) sobre os cuidados básicos para preservar nossa saúde, nestes tempos de pandemia.

Para obter notícias consistentes, fora dos meios tradicionais e sem estardalhaço, olhe um noticiário de Portugal, da França ou da Alemanha (todos em nossa língua) e um da Coreia do Sul, em inglês.

Aliás, da Deutsche Welle, tem um interessante artigo sobre como melhorar seu sistema imunológico para enfrentar o vírus: https://www.dw.com/pt-br/como-fortalecer-o-sistema-imunológico-durante-o-isolamento/a-53007971

Se quiser saber como anda o vírus pelo mundo, acesse o portal do Hospital Johns Hopkins, nos EUA, é bem completo, atualiza mais rápido que o da Organização Mundial da Saúde (OMS). Outro mapa mundial sobre a pandemia é o Worldometers.

No RS, a Secretaria de Saúde divulga a situação do estado em um mapa.

Por fim, lembre-se que todos os dias, o sol nasce para todos.

DICA – Como endereçar cartas e encomendas

14 de abril de 2018 4 comentários
Figura 1 – Envelopes tipo RPC (Recomendado Pelos Correios

Figura 1 – Envelopes tipo RPC (Recomendado Pelos Correios).

Este artigo pode parecer sem muita utilidade, mas, numa época em que todos podemos vender algo pela internet, até coisas usadas e já sem serventia – desapega! -, é crucial que façamos todo o possível para que tais encomendas sejam entregues o mais rápido possível ao destinatário.

Diferente da crença geral, os remetentes tem muita responsabilidade pela lentidão dos Correios.

Segundo informações colhidas de carteiros e atendentes dos Correios, muitos não sabem o modo de endereçar corretamente cartas e encomendas e fazem de qualquer jeito. Talvez pensem que os entregadores sejam mágicos ou adivinhos…

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O amor e o suicídio

16 de dezembro de 2017 2 comentários

Devemos nos amar mais. Essa é a conclusão a que chegam os que ficam, chocados com o ato de quem se foi.

Se, se, se, se, são tantos “se isso”, “se aquilo”, que agora não fazem nenhum sentido, não tem mais volta. Se tivéssemos conversado mais, ajudado mais, se a pessoa tivesse pedido, se tivéssemos prestado mais atenção naqueles encontros casuais que pareciam somente coincidência, se soubéssemos que estava implorando por socorro, se tivéssemos dado valor àquele monte de detalhes que pareciam sem importância, se …

Agora não dá mais.

Vivemos correndo para resolver nossas coisas e não temos mais tempo para os outros. Estamos embrutecendo.

Nesse país cada vez mais cheio de pessoas sem escrúpulos, onde o bem comum é negociado sorrateiramente e o roubo graúdo é corriqueiro, os suicídios são cada vez mais frequentes. “São uns fracos”, dizem. Sim, os suicidas são fracos, mas se tivessem condições de desabrochar tudo o que guardam dentro de si, talvez pudessem ser felizes e também tornariam o mundo melhor.

Hoje, a competição é a regra, um quer o pescoço do outro, as pessoas sensíveis não tem vez. Alguns, desiludidos pela falta de perspectivas e esperanças, preferem dar adeus.

É assim com os índios expulsos de suas terras, com os solitários que perambulam pelas cidades, com os agricultores endividados, com os idealistas e sonhadores, com tanta gente sem rumo.

São esses que, se estivessem bem, nos fariam ver a vida mais leve, mais bonita, divertida e agradável, com paz e tranquilidade, que no final das contas é o objetivo de qualquer um. Mas são esses que não tem forças para resolver as suas próprias dificuldades e que precisam a todo momento de apoio, de todo tipo de apoio: uma conversa larga e amena, um almoço entre amigos, dinheiro, lugar para morar, alguma atividade ou trabalho. Talvez nem necessitem de um remédio vitalício, somente de atenção, de alguém que os ouça. Precisam sentir que a existência deles faz alguma diferença, que têm algum valor e que não são apenas mais uma gota no oceano.

Enquanto para alguns a correria da vida é prazerosa e cheia de bons frutos, para outros é uma sequência de dificuldades e lamentações. “São uns fracos!”, dizem.

Sim, os suicidas e muitos outros são fracos, mas o pior é achar que a vida é isso mesmo, que só os fortes sobrevivem. Fortes em quê? Na aparência, na ostentação, na máscara de felicidade, na quantidade de dinheiro ou no sarcasmo, na virulência e na agressividade para com os outros? Consideram-se fortes e superiores, mas superiores em quê, se não são eternos? Aonde vai dar isso?

Dizem que a lei da vida é essa, mas não levam em conta que a natureza dá tudo em abundância, a escassez é obra de humanos. A evolução é um ato de vontade, não de um erro. Os suicidas causam choque nos que ficam, justamente porque nos fazem prestar atenção ao que é importante.

Porque os que só pensam no seu umbigo, que vivem rindo dos outros (e não com os outros), que os iludem, trapaceiam e enganam, que estão muito atarefados em suas vidas de frivolidades, homenagens e status, que acham-se poderosos e parte de um elenco de escolhidos, que não querem preocupar-se com o estrago que causam, esses sim são os fracos. Esses nunca se deitam com a sensação de dever cumprido, toda noite precisam de algo que os induza ao sono. E vivem desconfiados, sobressaltados. Que continuem tendo pesadelos, até que finalmente mudem de atitude e espalhem o bem.

Precisamos nos amar mais, devemos amar mais, devemos ser mais verdadeiros, mas também devemos arrebentar a cara dos hipócritas. Que dessa vida nada se leva, só se deixa, já dizia o Tim.

ISOPOR – Usando laranjas para reciclar

20 de agosto de 2012 10 comentários

Reciclagem de isopor, 100% reaproveitável

Decomposição do isopor quando em contato com o limoneno

Figura 1 – Decomposição do isopor quando em contato com o limoneno
Fonte: Sony [2]

Parece mágica – e quase é. Lembrei de uma notícia que vi há vários anos, sobre a reciclagem de poliestireno expandido, mais conhecido como isopor. Na antiga TV Guaíba, Canal 2 de Porto Alegre, quando ainda era independente, passava um programa Transtel chamado “Tópicos do Japão”, ou algo assim. Um dia, mostraram um processo desenvolvido naquele país, que possibilitava a reciclagem total do isopor e que não deixava resíduos.

Daí, fui procurar o que se faz hoje, no Brasil e no mundo, a respeito disso. Porque até pouco tempo, ainda estava disseminado por aí um conceito que classificava o isopor como antiecológico e não reciclável. O que não é verdade.

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